poesia de Margarete Solange
Final de tarde,
Um potro brinca na campina,
Corre sem cabrestos,
Agita a cauda ao vento,
Sacode a crina
Relinchando, talvez
Feliz.
Na varanda da casa,
Quieta, canta a menina.
Deseja correr no pátio lá fora.
Ao longe, enxerga o potro
Que para e se inclina.
A menina cresce e sonha em ser
Livre.
No pátio, um velho sisudo
Não sonha, não canta, capina
O mato que cresce.
Cresce e sonha a menina,
Livre corre o potro pela campina,
E o velho apenas
Queima-bucha,
2010, p 49
Fotografia de
Felipe Galdino
2010,
Fotografia de
Felipe Galdino