poesia de Margarete Solange
Os poetas não são simples mortais,
São diferentes, sensíveis demais.
Morrem de amores, ressurgem em poesias.
Um poeta não mente nem exagera jamais.
Ele realmente sente o que sente!
Secreto e inconstante como o mar,
Finge que é transparente
E se expõe em versos e prosas.
Diz o que os outros sentem
Como se sentisse também,
E diz tão bem que convence.
O poeta diz e se contradiz,
Mas não mente...
Desmancha-se em versos tristes,
Porém não é infeliz nem melancólico sempre...
É que para ele uma gota de dissabor
É motivo para rios de poesias sentidas,
Que agradam a uns e desagradam a outros.
O poeta é como vinho...
O poeta é um inventor como outro qualquer.
Um Chão Maior, p. 09
Santos, 2001
Fonte 2: Margarete Solange.
Inventor de Poesia. p13.
Queima-Bucha, 2010.