poesia de Margarete Solange
Numa
visão deslumbrante,
Cheia de
graça e de luz,
Em meio a
uma grande multidão,
Seguia o
divino Jesus.
Sua
presença bastava
Para
aquietar os corações.
Sua voz
irradiava tremores e emoções,
Fazendo
tanta gente saltar de alegria,
Reconhecendo
no Mestre
Aquele
que viria diante dos homens
O Pai
representar,
E despido
de sua glória,
Morrer em
nosso lugar.
Saindo de
Jericó,
Seguia o
Mestre adiante
Até ouvir
a súplica
De uma
voz tão distante.
Sentado a
beira do caminho,
Por
misericórdia implorava...
E quanto
mais o repreendiam,
Mais sua
fé aumentava.
Cercado
por tanta gente
Que o
apertava e oprimia,
Ouviu
Jesus a voz aflita
Do
mendigo que repetia:
“Jesus,
filho de Davi,
Jesus,
filho de Davi,
Tem
misericórdia de mim!”
Fez-se
silêncio nesse instante,
Quando o
Mestre parou para escutar
A voz do
cego Bartimeu, que
Não
cessava de clamar:
“Jesus,
filho de Davi,
Jesus,
filho de Davi...”
Parado
ante a multidão,
Via-se a
imagem sublime
Daquele,
que cheio de compaixão,
Concede
aos enfermos, cura;
Aos
pecadores, perdão.
Conforme
o seu mandar,
Foram
buscar o cego,
Que
impelido pela fé,
Clamava
por misericórdia
A Jesus
de Nazaré.
Guiaram
Bartimeu
Até onde
Jesus estava,
E a turba
ansiosa
Atentamente
aguardava
Para ver
como seria
Esse
encontro inusitado.
Seria
possível ao cego
Ter seus
olhos restaurados?
Num
brado, de repente,
O Mestre
lhe perguntou:
“Que
queres que te faça?”
E movido
pela graça,
O mendigo
suplicou,
“Abre os
meus olhos, Senhor”
E ao
toque de Jesus
O que era
cego enxergou!
Bem-aventurado
aquele
Que pela
fé contemplar
Esse
quadro tão belo
Esse
evento sem par...
Bartimeu,
seguindo o Mestre,
Transbordando
de alegria,
Pelos
campos e valados,
Pasmado
com tudo que via:
Pássaros,
flores, o céu cheio de nuvens,
Um mundo
cheio de cores.
Porém, a
mais valiosa beleza,
Que
diante de seus olhos reluz
É a
imagem sublime
Da Santa
Face de Jesus!