O homem pode não ser rico, mas se ele tiver na bagagem a leitura será mais que isso: será sábio. A sabedoria, sem dúvida, é grandiosa, é tudo na vida, não na morte. Na morte, todos os homens são igualmente leigos.

Margarete Solange. Contos Reunidos, p. 98

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Às Mulheres

                                                     poesia de Margarete Solange


Quem pode entender as mulheres?
Elas são tão complicadas,
Carentes, dengosas,
Mui amadas, maravilhosas.
Difíceis de se contentar com tão pouco.
Reclamam, principalmente com quem amam,
Mudam de estilo como o camaleão,
Mesmo na simplicidade são vaidosas,
Até as feias são charmosas,
Gostosas de abraçar,
Irresistíveis, ternas, maternas, talentosas,
Frágeis, ágeis, perigosas...
Brilhantes como o sol, bravias como o mar,
Encantam... Embora não sejam tão apreciáveis
Em todas as suas fases
Minguantes, ficam implicantes,
Depressivas, prontas para atacar,
Ou chorar por qualquer razão.
Rosas perfumadas com beleza e espinhos,
Braços para abraçar, palavras para ensinar,
Lições para guardar no fundo d’alma.
Por causa delas o mundo se comove,
E nas batalhas vencem sem usar armas mortais.
As mulheres são: de dia como sol,
De noite como lua, como o céu cheio de estrelas.
Quem pode resistir aos seus encantos?
Quem pode existir sem elas?





Fonte:
Margarete Solange.
Inventor de Poesia 
 Queima-bucha,
2010,  p.23