Não vou mais tolerar
Tanta bagunça no meu
jardim.
Planto grama, nasce
capim...
Os espinhos me furam
os pés,
As flores não
florescem,
Os espinhos crescem.
Cachorro faz xixi
Aqui, ali, além e
acolá.
Não vou mais tolerar
Toda essa sujeira.
Quando tento organizar
As formigas
encrenqueiras
Me atacam a perna
inteira.
Em fileiras,
traiçoeiras,
Cortam as folhas das
roseiras
Trabalhando sem
parar,
E isso é trabalhar?
Não vou mais tolerar,
Vou atrapalhar
Essa brincadeira,
E as formigas
arteiras
Não vão mais
trapacear.
Inventor de Poesia Infantil,
2ª edição, 2016, p. 47
Sarau das Letras,
Ilustração; Isaura Barbosa