O homem pode não ser rico, mas se ele tiver na bagagem a leitura será mais que isso: será sábio. A sabedoria, sem dúvida, é grandiosa, é tudo na vida, não na morte. Na morte, todos os homens são igualmente leigos.

Margarete Solange. Contos Reunidos, p. 98

domingo, 14 de setembro de 2014

Nada se perde,

Nos limites da imaginação e da mão daquele que cria, tudo se aproveita, nada se extravia. Na vida e na morte, no riso e no pranto, com uma pitada de sal, aumentos e descontos, temperam-se os pontos que se transformam em contos. Tudo se recria: fatos reais, sobrenaturais, o enredo que se lê e o incidente que se conta; o provável e o possível. Aquilo que foi ou mesmo coisa que jamais aconteceu convencem como verdades, especialmente se narrados pelo “eu”. Seja felicidade, tédio ou amargura, para um escritor, nada se perde, tudo se transforma em literatura. 

Margarete Solange 



Fonte: Margarete Solange, 
Contos Reunidos. 
Editora Sarau das Letras, 
Trecho do Conto: 
Inventor de Contos
2014, p. 61